Original
Teste de uma repetição máxima em exercício multi e monoarticulares em distintos protocolos de privação visual
Prueba de una repetición máxima para ejercicios multi y monoarticulares con diferentes protocolos con y sin deprivación visual
One repetition maximum tests for multi‐joint exercise and single‐joint exercise in different visual deprivation protocols
J.C.C. Alves a , b , , , , G. Senna b , c , R.F. Magosso d , E. Scudese b , D.P. Miranda a , E.H.M. Dantas b , c
a Laboratório de Avaliação Física e Fisiologia do Exercício (LAFFEX), Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (UNIFEB), Barretos, SP, Brasil
b Programa de Pós‐graduação Stricto Sensu em Enfermagem e Biociências – Doutorado (PPgEnfBio), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH), Universidade Tiradentes, Aracaju, SE, Brasil
d Centro de Estudos em Fisiologia do Exercício, Musculação e Atividade Física (CEFEMA), Araraquara, SP, Brasil
Recibido 25 febrero 2015, Aceptado 09 julio 2015
Resumo
Objetivo

Verificar os valores do teste de uma repetição máxima nos exercícios multi e monoarticulares, com e sem privação visual.

Método

Doze homens treinados (23.00 ± 4.80 anos; 80.76 ± 8.09 kg; 1.76 ± 0.05 cm) realizaram 4 visitas (2 para cada exercício) constando de testes de uma repetição máxima para exercícios multi (agachamento na barra guiada) e monoarticulares (rosca bíceps), com ou sem privação visual.

Resultados

O teste T não verificou diferenças importantes entre os métodos de privação visual para o exercício multiarticular, tanto para a força absoluta (Δ% = ‐ 6.13%; p = 0.422), quanto para a força relativa (p = 0.397). O mesmo ocorreu para o exercício monoarticular, tanto para a força absoluta (Δ% = 1.43%; p = 0.220), como para a relativa (p = 0.230). Adicionalmente, um pequeno tamanho do efeito foi verificado entre os testes de uma repetição máxima nos exercícios multi e monoarticulares, nos protocolos com e sem privação visual.

Conclusão

De acordo com os resultados do estudo, podemos concluir que, para os exercícios multi e monoarticulares, o método de privação visual não promove diferenças importantes no deslocamento de cargas na execução do teste de uma repetição máxima.

Resumen
Objetivo

Determinar los valores del test de una repetición máxima en los ejercicios multi y monoarticulares con y sin deprivación visual.

Método

Doce hombres entrenados (23.00 ± 4.80 años; 80.76 ± 8.09 kg; 1.76 ± 0.05 m) realizaron 4 visitas (2 para cada ejercicio) que consiste en prueba de una repetición máxima para el ejercicio multiarticular (sentadilla con barra guiada) y el ejercicio de una sola articulación (flexión del codo), con y sin deprivación visual.

Resultados

La prueba T no encontró diferencias significativas entre los métodos de deprivación visual para el ejercicio multiarticular, tanto en la fuerza absoluta (Δ% = ‐ 6.13%; p = 0.422) como fuerza relativa (p = 0.397). Lo mismo ocurrió para el ejercicio monoarticular, para la fuerza absoluta (Δ% = 1.43%; p = 0.220) y la fuerza relativa (p = 0.230). Además, se observó un tamaño de efecto pequeño entre las pruebas de una repetición máxima en los ejercicios multiarticulares y monoarticulares en ambos protocolos visuales.

Conclusiones

De acuerdo con los resultados del estudio, se puede concluir que para los ejercicios multiarticulares y monoarticulares el protocolo de deprivación visual no causa diferencias significativas en el desplazamiento de cargas en la prueba de una repetición máxima.

Abstract
Objective

The aim of the study was to determine values of the 1RM test in multi and single‐joint exercises with and without visual deprivation.

Method

Twelve trained men (23.00 ± 4.80 years; 80.76 ± 8.09 kg; 1.76 ± 0.05 cm) performed four visits (two for each exercise) consisting in 1RM tests for multi‐joint exercise (guided bar squat) and single‐joint exercise (biceps curl), with or without visual deprivation.

Results

The T test found no significant differences between the visual deprivation methods for multi‐joint exercise both in absolute strength (Δ% = ‐ 6.13%; p = 0.422) as for relative strength (p = 0.397). The same occurred for the single‐joint exercise for absolute strength (Δ% = 1.43%; p = 0.220) and for relative strength (p = 0.230). Additionally, a small effect size was observed between 1RM tests in multi and single‐joint exercises in both visual protocols.

Conclusion

According to the study results, we can conclude that for multi and single‐joint exercises protocol visual deprivation do not cause significant differences in the displacement of loads in 1RM test execution.

Palavras‐chave
Força muscular, Levantamento de pesos, Aptidão física
Palabras clave
Fuerza muscular, Elevación de peso, Aptitud física
Keywords
Muscle strength, Weight lifting, Physical fitness
Introdução

O treinamento resistido (TR) vem sendo apresentado como um estímulo para ganhos de força, potência, hipertrofia e resistência muscular 1 . Assim, estudos com o propósito de avaliar as adequadas manipulações das variáveis metodológicas do TR (como, por exemplo, volume, intensidade, ordem do exercício, intervalo entre as séries em sessões de treinamento ou para exercícios multi e monoarticulares) parecem ser relevantes para a compreensão e prescrição do TR 2–6 .

O teste de uma repetição máxima (1RM) é recomendado para a avaliação da força dinâmica muscular 7 e considerado gold standard para a avaliação desta valência física. Ainda, é comumente utilizado como parâmetro para a manipulação da intensidade das cargas 8 no TR. Alguns fatores podem influenciar na aplicação do teste de 1RM, como familiarização ao teste 9 , aquecimento prévio 10 , seguimento corporal avaliado 11 , amplitude de movimento 12 e ainda relutância em continuar o teste, devido ao medo do risco de lesão pelo elevado valor da carga 13 .

Assim, estratégias que possam minimizar a influência (muitas vezes, psicológica) do avaliado no valor dos resultados de testes parecem ser interessantes, para que se obtenha a maior fidedignidade e reprodutibilidade no teste. A privação visual pode diminuir estabilidade dinâmica de caminhada e aceleração, quando comparada a condições sem privação visual 14 . Contudo, Maior et al. 15 mostraram que o teste de 1RM em homens, realizado com privação visual, obteve no supino horizontal (5.37%), leg press 45° (8.25%) e puxada pela frente (5.12%), valores significativamente maiores comparado com os testes (1RM) realizados nos mesmos exercícios sem privação visual. Adicionalmente, Maior et al. 16 verificaram que a privação visual acarretou em valores de carga absoluta e relativa em mulheres treinadas significativamente mais elevados no supino horizontal, leg press e puxada pela frente, comparado ao protocolo sem privação visual.

Apesar de já estar demonstrada influência da privação visual na obtenção das cargas de 1RM 15,16 , são escassos os estudos que verificam esta estratégia na obtenção das cargas em exercícios multi e monoarticulares. Desta forma, conhecer o padrão de influência de condições de privação visual no teste de 1RM para distintos exercícios (multi e monoarticulares) poderá contribuir para quantificação das cargas do TR, possibilitando assim testes e prescrições mais precisas. Por estes motivos, o objetivo do presente estudo foi verificar os valores do teste de 1RM nos exercícios multi e monoarticulares (agachamento na barra guiada [AG] e rosca bíceps direta [RD]), com e sem privação visual. É hipotetizado que não ocorrerão diferenças estatísticas entre os testes com e sem privação visual, tanto para ambos os tipos de exercícios (multi e monoarticulares).

Método Amostra

A amostra foi composta por doze homens (23.00 ± 4.80 anos; 80.76 ± 8.09 kg; 1.76 ± 0.05 cm) aparentemente saudáveis, selecionados voluntariamente e que estavam engajados há pelo menos doze meses no TR, se exercitando com duração aproximada de uma hora, no mínimo três vezes por semana. Foram excluídos deste experimento os indivíduos que, nos últimos seis meses, foram acometidos de lesões articulares, contraturas musculares, comprometimentos cardiovasculares nos últimos doze meses e os indivíduos submetidos a cirurgias articulares. Foram excluídos do experimento os indivíduos que faziam uso de qualquer tipo de recurso ergogênico, ou esteroide anabólico. Ainda, não foi permitida a utilização de cafeína ou álcool nos dias de verificação. Os voluntários foram previamente esclarecidos sobre os objetivos do estudo e os procedimentos aos quais seriam submetidos, e responderam negativamente ao Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR‐Q) 17 . Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde do Brasil. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos sob o protocolo n.° 17774513.9.0000.5433.

Procedimentos

Os testes de 1RM, para os exercícios de AG e de RD, foram realizados em sessões distintas (cada sessão separada por 48 horas). Os procedimentos de testes de 1RM seguiu as recomendações da American College of Sports Medicine 7 . Resumidamente, após o aquecimento, um máximo de cinco tentativas foram realizadas para cada sessão de testes de 1RM (com ou sem privação visual), com um mínimo de cinco minutos de recuperação entre as tentativas máximas. Um intervalo de cinco minutos foi respeitado entre as tentativas. Assim, a maior carga levantada com sucesso em cada sessão foi anotada com precisão.

Os sujeitos foram orientados a não realizar exercícios físicos 48 horas antes de cada teste, vestir roupas adequadas, estarem devidamente hidratados e alimentados há, no mínimo dois horas, antes do teste. Todos os testes foram realizados no mesmo horário do dia. O aquecimento para cada sessão foi constituído de dois séries com 40% da carga utilizada pelos avaliados em seus treinos cotidianos, especificamente no exercício testado (AG ou RD). Encorajamento verbal foi realizado para todos os sujeitos e em todas as sessões, de forma padronizada.

Todos os testes iniciaram na fase excêntrica do movimento, foi caracterizado 1RM o valor em kg da tentativa realizada anteriormente à tentativa que houve falha concêntrica. A execução dos exercícios seguiu recomendações previamente estabelecidas 18 . Resumidamente, o AG (fig. 1) teve sua posição inicial no ângulo de 90° de amplitude, a partir da articulação do joelho, para cada participante. Em seguida, o avaliado estendia totalmente os joelhos. Um marcador sensorial (tato) foi utilizado como parâmetro para execução correta da amplitude. O aquecimento e o teste de 1RM foram realizados rigorosamente, seguindo a determinação da marca sensorial.

Figura 1.
(0.09MB).

Agachamento na barra guiada.

A RD (fig. 2) realizou‐se apoiando a parte dorsal do tronco na parede e com os joelhos flexionados, utilizando uma barra reta. A partir da extensão completa, o participante realizou a flexão e extensão total dos cotovelos, sem movimentar nenhuma outra articulação.

Figura 2.
(0.1MB).

Rosca direta.

Quatro sessões de familiarização foram conduzidas, com o intuito de minimizar os erros do estudo. Uma excelente reprodutibilidade das cargas de 1RM foi verificada durante as dois últimas sessões de familiarização, tanto para o AG (r = 0.98; p < 0.01) como para RD (r = 0.99; p < 0.01) (sem privação visual). Após 48 horas das dois sessões de familiarização, os indivíduos completaram quatro visitas ao laboratório de coleta de dados. Em dois visitas, os avaliados realizaram os procedimentos do teste de 1RM (descrito anteriormente) nos exercícios selecionados (um a cada dia) sem privação visual. Logo após, em mais dois dias não consecutivos, os avaliados executaram os mesmos procedimentos do teste de 1RM (descrito anteriormente) nos exercícios selecionados (um a cada dia) com privação visual. No protocolo de privação visual, o participante foi submetido a uma condição de privação do sentido da visão por um tecido preto amarrado na cabeça na altura dos olhos, impedindo totalmente a visualização das barras e anilhas destinadas aos exercícios selecionados. A seleção do exercício e a estratégia visual realizada em cada teste foram definidas aleatoriamente. A maior carga de cada teste foi anotada, como a carga de 1RM para os distintos exercícios e protocolos de privação visual.

Analise estatística

Todos os resultados foram apresentados segundo sua média ± desvio padrão. Inicialmente, foi testada a normalidade dos dados pelo teste de Shapiro‐Wilk. Todos os resultados apresentaram distribuição normal. Assim, em seguida, foi realizado o teste t de Student para amostras pareadas entre os protocolos com e sem privação visual para cada exercício selecionado (multi e monoarticular). Adicionalmente, para determinar a magnitude dos resultados de carga de 1RM nos distintos protocolos (com ou sem privação visual), o tamanho do efeito (a diferença entre o protocolo com privação visual e sem privação visual, dividido pelo desvio padrão do protocolo com privação visual), foi calculado. Os limites propostos por Cohen 19 foram aplicados para determinar a magnitude do efeito do protocolo. O nível de significância adotado foi de p < 0.05. Para os tratamentos estatísticos descritos, foi utilizado o software Prisma versão 5.0 (GraphPad, Inc).

Resultados

No exercício de multiarticular (AG) não houve diferença estatística significativa entre as comparações de protocolos visuais, tanto para a força máxima absoluta (1RM) (p = 0.422), quanto para a força relativa (p = 0.397). Para o exercício monoarticular (RD), diferenças não importantes foram observadas entre os protocolos com ou sem privação visual, para a força máxima absoluta (p = 0.220) e força relativa (p = 0.230). Adicionalmente, a magnitude da diferença de ambos os protocolos visuais foi pequena para ambos os exercícios testados, tanto para a força máxima como relativa. A tabela 1 apresenta claramente os dados e estatísticas de força máxima absoluta e relativa para os exercícios multi (AG) e monoarticulares (RD) testados.

Tabela 1.

Comparação dos exercícios AG e RD, com e sem privação visual

  Com privação visual  Sem privação visual  Tamanho do efeito 
1RM (kg)
AG  102.00 ± 17.18  98.00 ± 18.43  0.23 (pequeno)  0.422 
RD  41.50 ± 5.20  42.17 ± 5.62  ‐0.13 (pequeno)  0.220 
Força relativa
AG  1.27 ± 0.22  1.22 ± 0.22  0.25 (pequeno)  0.397 
RD  0.52 ± 0.05  0.52 ± 0.06  ‐0.16 (pequeno)  0.230 

1RM: uma repetição máxima; AG: agachamento na barra guiada; p: nível de significância de p < 0.05; RD: rosca bíceps direta.

Discussão

O principal achado do presente estudo observou que distintos protocolos visuais (com ou sem privação visual) durante o teste de 1RM não proporcionaram diferenças significativas para a carga de 1RM testada. Este achado sugere que, independentemente do tipo de exercício (multi ou monoarticulares), a privação visual pode não interferir no teste de 1RM. O teste de 1RM é usualmente utilizado com método gold standard e recomendado pelo ACSM 7 para verificação da força muscular máxima. Há mais de 40 anos que testes de força com esta metodologia (1RM) 20 são aplicados, contudo, a privação visual gera discussões sobre as possibilidades de uma maior acurácia no teste, principalmente por questões psicológicas 16 .

Em estudo anterior 15 , foi comparado o efeito de distintas metodologias de privação visual na força muscular máxima (teste de 1RM). Neste estudo, doze homens treinados possibilitaram aos autores concluírem que a utilização de privação visual no teste de 1RM pode possibilitar um incremento da carga avaliada para os exercícios multiarticulares de supino horizontal com barras e anilhas, leg press de anilhas e puxada pela frente. Estes resultados demonstram que, aparentemente, a privação parece ser um método para se elevar a acurácia das respostas de força máxima para homens treinados.

Em outro estudo, Maior et al. 16 compararam o valor de carga deslocada por mulheres durante a execução do teste 1RM em distintas situações, com e sem privação visual. Onze mulheres treinadas realizaram o teste de 1RM para o exercício de supino horizontal, leg press e puxada de frente, com e sem o método de privação visual. Foi verificado aumento significativo da força muscular absoluta e relativa para os testes de 1RM com privação visual, em relação ao teste sem privação visual em todos os exercícios avaliados (todos multiarticulares). Os autores concluíram que com privação visual o teste de 1RM, hipoteticamente, tem sua autoeficácia cognitiva aumentada, pelo fato de evitar que o sujeito visualize a carga de teste e, consequentemente, subestime o seu desempenho. Contudo, nossos dados não corroboram com este estudo, pois tanto para exercícios multi e monoarticulares não verificamos diferenças entre os métodos com ou sem privação visual durante o teste de 1RM. Possivelmente, o elevado número de sessões de familiarização (4) possibilitou maior segurança aos avaliados, influenciando no desempenho no teste de 1RM, independentemente do método de privação visual.

Realizamos este protocolo de familiarização, pois esta é uma estratégia utilizada a fim de eliminar qualquer efeito de aprendizado motor ao longo dos testes de força 21,22 . O American College of Sports Medicine 7 recomenda a realização de sessões de familiarização com o equipamento específico, com a finalidade de obter um valor reprodutível para verificações de 1RM, o qual tem sido amplamente utilizado como teste gold standard para a verificação da força dinâmica muscular máxima 23 . Entretanto, os resultados provenientes de estudos atuais 21,22,24 não permitem inferências quanto ao número ideal de sessões de familiarização necessárias para uma boa correlação entre o teste e o reteste. Entretanto, com o intuito de minimizar quaisquer riscos com relação a ganhos de força relacionados à aprendizagem motora durante os testes, realizamos um número familiarizações recomendados anteriormente 24 .

Em deslocamentos curtos não se mostra fundamental na relação entre a manutenção postural e privação visual. Pelo fato de que a privação visual não exclui formas de atualização da posição e da direção a ser realizada por ações motoras, mas sim pelo conhecimento prévio sobre a postura desejada 15 . Conseguirmos discriminar a falta das informações visuais (pelo método de privação visual), através da utilização de outras fontes sensoriais 25 . Nesse caso, o sistema vestibular e somato‐sensorial provavelmente teria sua ação aumentada, para que não diminua a força do acoplamento entre as informações visuais e a oscilação corporal 25 . Assim, estas afirmações corroboram com os nossos resultados, em que a privação visual não mostrou qualquer relação com desvios posturais e de equilíbrio corporal. E ainda não demonstrou alteração significativa entre os métodos com e sem privação visual nos testes de 1RM para exercícios multi e monoarticulares.

A elevada acurácia na realização do teste de 1RM pode ajudar na definição da intensidade e o volume de treinamento, que são variáveis de extrema importância para o desenvolvimento da força muscular. Técnicos e treinadores devem compreender e aplicar os conhecimentos científicos sobre a correta forma de execução do teste de 1RM, a fim de minimizar erros no teste e, consequentemente, alcançar objetivos específicos ao longo de sessões de treinamento.

De acordo com os resultados do estudo, podemos concluir que, para exercícios multi e monoarticulares, o método de privação visual não promove diferenças importantes no deslocamento de cargas na execução do teste de 1RM. Este resultado relata que homens jovens não subestimam o seu desempenho e, de nenhuma forma, são influenciados pelo método de privação visual. Entretanto, pouco se sabe sobre o mecanismo pelo qual o indivíduo subestimaria a sua carga de treinamento. Assim, novas pesquisas devem ser realizadas sobre o método de privação visual, que se encontra pouco esclarecido na literatura científica.

Responsabilidades éticas Proteção de pessoas e animais

Os autores declaram que os procedimentos seguidos estavam de acordo com os regulamentos estabelecidos pelos responsáveis da Comissão de Investigação Clínica e ética e de acordo com os da Associação Médica Mundial e da Declaração de Helsinki.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram ter seguido os protocolos do seu centro de trabalho acerca da publicação dos dados de pacientes.

Direito à privacidade e consentimento escrito

Os autores declaram ter recebido consentimento escrito dos pacientes e/ ou sujeitos mencionados no artigo. O autor para correspondência deve estar na posse deste documento.

Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

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