O Line Drill Test (LDT) 1,2 foi proposto para ser uma medida da resistência de velocidade, compreendida como a capacidade de manter um nível máximo de desempenho físico para a duração da atividade anaeróbica 3 . Seu uso é considerado atraente por sua popularização como exercício de condicionamento físico, praticidade, eficiência e possibilidade de realizá‐lo com vários jogadores simultaneamente 1,2 . A validação do LDT como medida da capacidade anaeróbica considerou o tempo de execução do teste para estabelecer suas correlações. No entanto, não há padronização metodológica para registro do tempo de execução do LDT 1,2,4,5 .
Esta mensuração, ainda que simples e acessível, pode ser questionada devido à sua precisão quando da utilização de cronômetros, já que pode estar sujeita a erros relativos à fidedignidade. O desenvolvimento tecnológico tornou mais precisa a medida do desempenho físico, seja por análise de vídeos 6–8 ou utilização de fotocélulas 2,4,9,10 . Sistemas de fotocélulas são frequentemente adotados para a medida precisa do tempo de percurso e velocidade de deslocamento em testes de capacidade física de atletas 9,11,12 , sendo considerados como padrão‐ouro para esta medida 13,14 . No entanto, o custo relativo à sua aquisição pode configurar fator impeditivo para equipes esportivas amadoras que enfrentam restrições orçamentárias e de acesso a recursos tecnológicos.
Desta forma, torna‐se imperativo que não sejam criados óbices que prejudiquem a aplicação e a interpretação do teste tanto em pesquisa, como no acompanhamento do desempenho de equipes e atletas. Diante disso, surge a hipótese que equipamentos de fácil acesso, como cronômetros manuais ou câmeras de vídeo, possam ser confiáveis para medir o tempo de execução do LDT, representando uma alternativa de baixo custo operacional em substituição ao sistema de fotocélulas. Portanto, o objetivo desse estudo foi determinar a validade e a confiabilidade intra‐avaliador e interavaliadores da utilização de cronômetros e de vídeos para registro do tempo de execução do LDT, comparando essas medidas a uma medida automática utilizada como padrão de referência (fotocélula).
MétodoRealizou‐se um estudo descritivo transversal que consistiu em registrar o tempo de execução do LDT por cronômetros manuais e um sistema de fotocélulas. Os testes foram filmados continuamente. Posteriormente, analisados para determinar o tempo de execução do LDT por avaliadores independentes. Os procedimentos foram conduzidos de acordo com a Declaração de Helsinki, a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e foram aprovados pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Sergipe (parecer n.° 948.130).
AmostraAvaliadores: seis professores ou estudantes de educação física, aleatoriamente alocados nas funções de cronometristas ou analistas de vídeo. Todos tinham vivência prática em esportes coletivos de invasão (ECI) como atletas e/ou treinadores. Apenas dois tinham experiência com cronometragem em testes de desempenho atlético e nenhum apresentava experiência na determinação do tempo dos testes por análise de vídeo.
Atletas: 22 atletas universitários de basquetebol e handebol integraram voluntariamente o estudo, após assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. A amostra foi composta por 19 homens (21 ± 2 anos, 81.5 ± 19.3 kg, 182 ± 8 cm) e três mulheres (22.3 ± 0.6 anos, 71.7 ± 2.5 kg, 163 ± 6 cm). Os critérios de inclusão foram: ter entre 18‐30 anos; praticar ECI; participação em competições oficiais nos últimos três anos; não fumantes; assintomáticos; e isentos de tratamentos farmacológicos. Os sujeitos treinavam cerca de seis horas por semana.
ProcedimentoOs indivíduos realizaram uma vez e individualmente o LDT. O registro do tempo de execução foi realizado, concomitantemente, por três avaliadores posicionados próximos à linha de saída/chegada, utilizando cronômetros manuais CLA‐8165A (Classe, China) adequadamente calibrados 15 . Simultaneamente, a execução foi registrada continuamente em vídeo utilizando uma câmera digital FinePix S1800, 30 frames/s (FUJIFILM Corporation, China) e por um sistema de fotocélula 16 (DSD Laser System, Espanha). Os vídeos foram posteriormente analisados e a determinação do tempo feita aleatoriamente por três avaliadores independentes, cegados com relação aos tempos obtidos através dos cronômetros e da fotocélula. O teste foi realizado em ginásio poliesportivo no início da sessão de treinamento das equipes. Não houve qualquer recomendação quanto à realização de exercícios físicos ou à alimentação no período anterior aos testes, já que o objetivo foi avaliar a capacidade de registrar o tempo de execução do teste por diferentes avaliadores e equipamentos, não o procedimento.
Os atletas realizaram o LDT de 140 m (fig. 1), com aquecimento de dez minutos constituído de alongamentos dinâmicos, saltos, corridas e simulação do LDT com intensidade reduzida. Após cinco minutos de repouso, os atletas se posicionavam atrás da linha de saída para dar início ao teste. Não houve comando para iniciar. Após as frases: «Está pronto? Quando quiser!», o atleta dava início ao teste e os avaliadores acionavam os cronômetros ao perceber o movimento de partida. Houve encorajamento verbal durante todo o teste para realização do melhor desempenho.
As filmagens foram feitas com a câmera posicionada a 11 m da linha correspondente ao segundo ponto do LDT, a uma altura de aproximadamente 1.30 m. A melhor relação entre posição e altura foi determinada em estudo piloto (dados não publicados), permitindo visualizar totalmente o atleta e as linhas demarcatórias do LDT. Para determinação do tempo através dos vídeos, foi utilizado o software Windows Movie Maker ® (Microsoft Corporation, EUA). Já as fotocélulas foram posicionadas lado a lado nos locais de saída e chegada, com os feixes na altura dos joelhos dos atletas.
Análise estatísticaOs dados não apresentaram distribuição normal (Shapiro‐Wilk: p < 0.05). Então, foi utilizado o teste não paramétrico de Kruskal‐Wallis para as comparações: a) todas as medidas, b) apenas entre os cronômetros e c) apenas entre as análises de vídeo. A homocedasticidade foi verificada pelo teste de Levene (p = 1.000). A fidedignidade interavaliadores (avaliador vs. avaliador, para um mesmo equipamento) considerou separadamente as medidas feitas entre cronômetros e, posteriormente, apenas as medidas das análises de vídeo (correlação de Pearson).
A confiabilidade intra‐avaliador (avaliador vs. fotocélula) foi avaliada utilizando: a) coeficiente de correlação intraclasse (CCI) 17 , b) coeficiente de variação ([% CV] erro típico dividido pela média das diferenças), c) máxima diferença absoluta para um mesmo teste (MDA) e d) erro típico (ET) 14 . Foi utilizado o software estatístico SPSS 20.0 (IBM, EUA), nível de significância de 5%. A concordância entre os métodos de registro do tempo do LDT foi avaliada através da plotagem de Bland‐Altman (MedCalc 15.4, MedCalc Software, Bélgica).
Não houve diferença estatística entre as medidas (p = 0.999; power = 1.000) (fig. 2), entre os cronômetros (p = 0.975; power = 0.325) ou entre as análises de vídeos (p = 0.891; power = 0.998). Houve fortes e significativas correlações interavaliador e entre os equipamentos (r = 0.993 a 1.000; p < 0.001 para todas as correlações), com valores de erro‐padrão variando entre 0.09‐0.31.
A confiabilidade entre as medidas de cada avaliador vs. fotocélula apresentou diferença média de 0.15 s, CCI = 0.995 (p < 0.001), CV = 0.85%, MDA = 1.08 s, e ET = 0.13 s para as medidas dos cronômetros, e diferença média de 0.12 s, CCI = 0.999 (p < 0.001), CV = 0.60%, MDA = 0.52 s, e ET = 0.07 s para as análises de vídeos. Ainda, 92.4% das medidas dos cronômetros e 93.9% das medidas feitas a partir dos vídeos ficaram abaixo de 0.3 s de diferença em relação às medidas da fotocélula (tabela 1).
Intervalos de diferença (segundos) | Cronômetros n (%) | Vídeos n (%) |
---|---|---|
De 0.00 a 0.09 | 29 (43.9) | 31 (47.0) |
De 0.10 a 0.19 | 23 (34.8) | 21 (31.8) |
De 0.20 a 0.29 | 9 (13.6) | 10 (15.2) |
≥ 0.30 | 5 (7.6) | 4 (6.1) |
A plotagem de Bland‐Altman mostrou alta concordância (viés muito próximo de zero) entre os avaliadores que utilizaram um mesmo equipamento (fig. 3A e 3B) e entre os avaliadores e a fotocélula (fig. 3 C e 3D). Mais de 90% das diferenças estavam dentro dos limites de concordância de 95%, que variou de 0.12 a 0.77 s no limite superior e ‐0.13 a ‐0.67 s no limite inferior.
O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a validade e confiabilidade intra‐avaliador e interavaliadores da utilização de cronômetros e vídeos para registro do tempo de execução do LDT, comparando os resultados destes com os da fotocélula. Ao nosso melhor conhecimento, este foi o primeiro estudo que buscou avaliar esse aspecto metodológico do LDT. Não houve diferença estatística entre os equipamentos ou entre as medidas realizadas com o mesmo equipamento por diferentes avaliadores. Ainda, a correlação intraclasse foi alta, o % CV, o ET e a MDA foram baixos, e o grau de concordância entre as medidas foi elevado.
Contrariamente a Ebben et al. 18 , Mayhew et al. 19 e Vicente‐Rodríguez et al. 20 , no presente estudo nenhum avaliador era experiente no registro de tempo do LDT. Segundo Vicente‐Rodríguez et al. 20 , apenas avaliadores treinados obtiveram medidas válidas. No entanto, Mann et al. 11 demonstraram não haver diferença estatística para o registro de tempo entre avaliadores experientes e novatos. Em nossos resultados, os baixos valores de erro‐padrão, % CV, MDA, ET e a ausência de diferença estatística demonstram que avaliadores inexperientes obtiveram valores satisfatórios nos equipamentos utilizados.
Ebben et al. 18 e Mayhew et al. 19 encontraram tempos nos cronômetros manuais estatisticamente menores que a medida da fotocélula. Para ambos, a posição de partida (saída alta do atletismo) pode acionar o cronômetro automático com movimentos dos membros superiores. Outra questão é que o posicionamento dos avaliadores em apenas uma das extremidades do percurso pode justificar essas diferenças, devido a distância do início ou do final do teste.
No protocolo do LDT, o início e fim do teste ocorrem no mesmo local, havendo uma preocupação especial com o movimento dos pés, devido a exigência específica de ultrapassar as linhas demarcatórias com um dos pés. Como não houve diferença nos resultados, pode‐se assumir que não houve disparo acidental do sistema de fotocélulas por movimentos de braços, e/ou que os avaliadores não foram induzidos a disparar o cronômetro antecipadamente pelo movimento corporal do avaliado ou comando de voz do avaliador. Assim, a metodologia utilizada para iniciar o registro foi válida anulando possíveis respostas antecipatórias dos avaliadores 21 . Também, o posicionamento dos avaliadores, dos avaliados e da câmera parece ter sido apropriado.
A diferença nas distâncias percorridas entre os testes de 20 jardas (∼ 18 m) 18 , 40 jardas (∼ 36 m) 18,19 , 30 m 20 e o LDT pode distorcer a observação da ordem de grandeza da medida, pois, em percursos mais curtos, variações menores (décimos e centésimos de segundos) podem representar diferenças significativas tanto do ponto de vista estatístico, como do ponto de vista prático. Desta forma, para testes de curtíssima duração, o uso de um sistema de disparo automatizado parece ser mais acurado para a medida do tempo de execução 22 . No LDT de 140, com duração média de 30 s, considerando que as diferenças entre fotocélulas e as medidas de cronômetro e de análise de vídeo ficaram abaixo de 0.3 s, o erro foi inferior a 1%.
O uso do vídeo pode fornecer uma série de informações detalhadas a respeito da corrida 23 . Haugen et al. 21 e Haugen e Buchheit 22 atestaram a validade e a confiabilidade da análise de vídeo para determinar o tempo de execução em provas de velocidade. No entanto, parecem poucos os relatos sobre utilização de vídeos para determinação do desempenho em testes físicos. Larson e Noonan 14 utilizaram câmeras de alta velocidade (240 frames/s) e demonstraram alta confiabilidade e acurácia na análise de desempenho em testes no hóquei no gelo, e afirmaram que essa aplicação é facilmente adaptável para outras superfícies e parâmetros. Os resultados aqui apresentados demonstraram igual constatação com câmera de 30 frames/s. Entende‐se de que a utilização de ferramentas simples e acessíveis para registro do tempo do LDT é fidedigna e apropriada sem necessidade de treinamento dos avaliadores, facilitando sua aplicação e utilidade 11 .
Seria uma limitação do estudo a não avaliação da reprodutibilidade (teste‐reteste) já abordada por outros estudos 2,24 . Contudo, o objetivo desse estudo não foi observar a reprodutibilidade do LDT, e sim a reprodução das medidas a partir da avaliação de diferentes avaliadores e equipamentos. De certa forma, devido à consistência das medidas identificada a partir dos diferentes métodos de análises de dados, fica constatada a fidedignidade das medidas.
Em conclusão, a utilização de cronômetros manuais e de vídeos para registrar o tempo de execução do LDT é válida e confiável, mesmo quando realizada por avaliadores inexperientes. Desta forma, o presente estudo atesta a possibilidade de utilizar equipamentos simples, acessíveis (baixo custo) e de fácil manuseio para registro do tempo de performance do LDT, como alternativa ao uso do sistema de fotocélulas.
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