Efeitos do tempo de prática nos parâmetros bioquímicos, hormonais e hematológicos de praticantes de jiu-jitsu brasileiro

  • V. S. Coswig Escola Superior de Educação Física. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas. Brasil.
  • A. H. S. Neves Faculdade de Farmácia. Universidade Católica de Pelotas. Pelotas. Brasil.
  • F. B. Del Vecchio Escola Superior de Educação Física. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas. Brasil.
Palavras-chave: Hematologia, Bioquímica, Artes marciais, Processos fisiológicos do sangue

Resumo

 

Objetivo. O presente estudo objetivou quantificar parâmetros bioquímicos, hormonais e hematológicos de atletas iniciantes e experientes na prática de Brazilian jiu-jitsu (BJJ).

Método. Participaram 16 homens adultos, alocados em três grupos: iniciante (INI, n = 4), experiente (EXP, n = 4) e controle (CON, n = 8), com diferença no tempo de prática entre os grupos de 5,05 ± 0,7 anos (INI = 1,95 ± 1,5 anos versus EXP = 7,0 ± 0,8 anos).

Resultados. Observou-se diferença hematológica discreta, apenas associada à contagem e ao percentual do número de eosinófilos do INI em comparação aos demais (p < 0,05). A concentração de magnésio foi superior no EXP em relação ao CON (1,96 ± 0,09 mg/dL versus 1,75 ± 0,11 mg/dL; p = 0,03), ocorrendo o mesmo para creatinina (1,09 ± 0,06 mg/dL versus 0,88 ± 0,06 mg/dL; p = 0,01). Além disto, os índices de ligação do ferro apresentaram diferenças entre o EXP e CON, com INI exibindo valores intermediários. Por fim, não foram observadas diferenças significantes nos níveis de cortisol no EXP (502,60 ± 162,42 nmol/L) e INI (427,15 ± 157,16 nmol/L) e de testosterona (EXP = 5,57 ± 0,75 ng/dL contra INI = 6,43 ± 1,01 ng/dL).

Conclusões. Com base nos resultados, pode-se inferir que a prática crônica do BJJ pode promover algumas alterações no quadro hematológico, bioquímico e hormonal dos praticantes.

 
 
Publicado
2018-05-01
Secção
Originais
Página/s
17-23